Por Andrea Miramontes

Turismo combina com sangue de cavalo?

 

Além da exaustão, cavalos são obrigados a usar um penacho (aposto que de uma ave morta para isso) na cabeça no Central Park, NYC. Foto Thinkstock

Sabe aquele equino que você aluga em passeios ou que puxa a sua carruagem? í‰ fruto de tortura. Sim, gente, tortura, exploração e sangue derramado.

E não me venha falar em tradição, como citou a prefeitura de Petrópolis para justificar o uso de cavalos nas charretes.

Inúmeros desmaiam nas ruas, depois que você vira as costas. Quero que me provem que os animais têm vida de rei e que não trabalham 200 horas por dia no sol, sem comer, até a exaustão. Provem.

Afinal, descansar e comer significam um ou dois turistas alienados a menos em cima do bicho, e, consequentemente, uma moeda a menos no cofrinho.

Como cavalo não reclama, chicote nele!

Na época em que saiu a notí­cia de Petrópolis, a prefeitura negou qualquer descuido com os bichos. Eles chegaram a citar como exemplo os cavalos que puxam charretes em Nova York, nos EUA.

Pois bem. No começo deste ano, o prefeito de Nova York anunciou o fim dessas charretes e admitiu que a crueldade tem que acabar. Disse que vai substituir por carros elétricos. Podiam substituir por bikes, mas menos mal.

Mesmo na gringa, aqueles cavalos enfeitados morrem de exaustão na rua.

Cansei de viajar com minha dona para destinos e montanha, como Monte Verde, em MG, Petrópolis, no RJ e outros que usam bichos. Cansei de ver cavalos magrelos, abandonados nas estradas, doentes, cheios de bicheira, especialmente fora de temporada, com menos movimento. Cuidar pra quê?

Crueldade nenhuma justifica tradição. Nunca.

Quer um exemplo humano? Vocês acham que a mutilação genital feminina, costume de uma minoria muçulmana, se justifica por ser cultural? Meninas e mulheres morrem de infecção após terem o clitóris retirado com lâminas a sangue frio.

Tem uma grande diferença entre tradição e abuso. Qualquer uso de animal para diversão e entretenimento, especialmente  que inclua crueldade com o bicho, ultrapassa esse limite.

E só depende de você. Se insiste em fazer esses “passeios”, sua mão também compartilha do chicote e, assim, ficará para sempre suja com o sangue desses animais.

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Central Park, Nova York, nos EUA, foto Thinkstock

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