Por Luli, border collie
Nem todos os dias tinha comida. Na maioria das vezes, rasguei os sacos de lixo para achar um resto.
Banho? Nunca havia tomado. Dormi a vida toda em jornais e papelões. Eu vivia no Pinheirinho, aquela favela na zona Norte de São Paulo que pegou fogo.
Nesse dia, nunca vou esquecer, foi uma correria e fugi como pude. Muitos não conseguiram e morreram.
E depois do incêndio tudo piorou, até a fome. Meus amigos que tinham um humano para chamar de seu o perderam.
Mas tive sorte, fui resgatada e hoje estou na casa de uma moça muito linda e gentil. Tão linda que até me cedeu o nome dela: Luli.
Ela arrumou uma família que me apaixonei. Mas não sei o porquê, eles me devolveram. Fiquei com saudades e estou triste com isso.
Busco outra casa. Só que agora tem que ser de verdade, com humanos firmes, responsáveis e que queiram esse amor todo que guardo no meu focinho.
Quem se interessar, segue o contato da tia Luli, minha xará: (011) 9 8224-0988
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Fico com o coração apertado qdo eu vejo essas reportagens de animais sem dono. Se eu tivesse mais perto eu gostaria de adotar essa cadelinha q sobreviveu do incendio, mas moro em goiânia.
Adotar e depois devolver é ato ainda mais covarde do que abandonar.
A cadelinha Border collie já foi adotada?
Obrigada!
Abs.