Amo humanos que valem a pena. Quando entrou na página do Clube dos Vira-Latas, há mais de 3 anos, o analista de comércio exterior Rafael Leal chorou. E muito.
Era tanta história triste, que ele nem sabia o que compartilhava. Daí para resgatar foi um pulo.
— Meu primeiro resgate de rua foi o cão Negão, que, depois de muita luta, voltou a andar.
Ele ainda está para adoção, assim como os outros 26 de seu abrigo, Cão Leal (facebook.com/caoleal). Entre os mais de 100 cães que já salvou, tio Rafa não se esquece de Brutus.
— Ele viveu 13 anos preso e estava pele e osso. Só ganhava comida uma ou duas vezes na semana. Brutus vivia sozinho acorrentado no fundo de um quintal, vítima da negligência humana. Ainda assim, ele fez festa quando cheguei.
Mas é tudo muito difícil para quem ama os animais como o Rafa. A dificuldade financeira é o primeiro entrave.
— Tudo tem gasto. Para ter um pet já gastamos muito! Imagine para manter 27 cães. É praticamente impossível, pois quando chegam da rua precisam de muita assistência.
Ele, que gasta de R$ 4 mil a R$ 5 mil reais por mês, põe do bolso e conta com a ajuda de doações, madrinhas e padrinhos. Rafa faz o trabalho que nossos governantes deveriam fazer.
Como todos os humanos dessa espécie especial, ele sabe bem a angústia pela qual todos passam.
— Posso ajudar 100, mas aquele único que não consegui me deixa arrasado.
A solução para diminuirmos abandono tem três nomes: responsabilidade, POLÍTICAS PÚBLICAS e castração. Por isso, pensem MUITO bem e avaliem em quem vão votar amanhã, viu!
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