por Andrea Miramontes

Border collie salva de incêndio busca uma família

Por Luli, border collie

Nem todos os dias tinha comida. Na maioria das vezes, rasguei os sacos de lixo para achar um resto.

Banho? Nunca havia tomado. Dormi a vida toda em jornais e papelões. Eu vivia no Pinheirinho, aquela favela na zona Norte de São Paulo que pegou fogo.

Nesse dia, nunca vou esquecer, foi uma correria e fugi como pude. Muitos não conseguiram e morreram.

E depois do incêndio tudo piorou, até a fome.  Meus amigos que tinham um humano para chamar de seu o perderam.

Mas tive sorte, fui resgatada e hoje estou na casa de uma moça muito linda e gentil. Tão linda que até me cedeu o nome dela: Luli.

Ela arrumou uma família que me apaixonei. Mas não sei o porquê, eles me devolveram. Fiquei com saudades e estou triste com isso.

Busco outra casa. Só que agora tem que ser de verdade, com humanos firmes, responsáveis e que queiram esse amor todo que guardo no meu focinho.

Quem se interessar, segue o contato da tia Luli, minha xará: (011) 9 8224-0988

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3 COMENTÁRIOS

  1. Fico com o coração apertado qdo eu vejo essas reportagens de animais sem dono. Se eu tivesse mais perto eu gostaria de adotar essa cadelinha q sobreviveu do incendio, mas moro em goiânia.

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