Hoje, minhas patinhas vão descansar e cedo lugar à humana que mora lá em casa. (declare-se ao seu amor, e dê biscoitinhos ao seu cão!)
Por Andrea Miramontes
Quando jovem, o sedutor pé de romã dava trela para todas as plantinhas assanhadas do jardim.
Já a dama-da-noite, adolescente magrela com galhos franzinos, suspirava pelo mulherengo dono dos frutos da sorte.
Romã teve uma queda pela roseira. O amor durou até ser espetado pela flor descontrolada. Nem assim, aprendeu.
Para a tristeza da bela dama, romã continuou de galho em galho. Ora cantava a margarida, ora roubava beijos da petúnia, e, dessa forma, sempre fez sombra nos sonhos da planta-moça.
Ela começou a crescer. De mato sem flores nem graça, já adulta, a dama se transformou, floreou e descobriu seus encantos.
Aprendeu a se perfumar todas as madrugadas para arrebatar o coração verde dos vizinhos. Funcionou! Mamoeiros caíram aos seus pés. Sabugos e abacates travaram uma verdadeira guerra na lama.
Inebriado com os encantos da dama, o pé de romã voltou todas as suas folhas para a moça cheirosa. Mas foi difícil ganhar sua confiança. Haja frutos açucarados!
Em um 12 de junho de lua cheia, ele se entregou.
Jurou, por sua fotossíntese, que nunca mais daria uma piscadela para outra florzinha. E que, dali para frente, todos os seus frutos cairiam em sua raíz. Mesmo desconfiada, dama deu-lhe um voto.
Sorte minha o encontro. Aproveito todas as noites o cheiro inebriante que a dama exala ao amado, além de caçar as romãs que o pé apaixonado despeja na soleira da bela.
Deve ser por isso que comemora-se o dia 12 como dia do amor. Não?
😀
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No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.